terça-feira, 15 de setembro de 2009

Desvio para o Branco - Intervenção 2008

Desvio para o Branco
O branco pode exercer uma função oposta do que podemos chamar de vazio. Ao contrário do que se pensa, portanto o branco não implica uma ausência, mas sim uma oferta; ou uma possibilidade de suplementação.

Desvio para o branco” propõe um diálogo crítico entre o ser humano e os espaços urbanos; o branco atuará como um contra-clichê. Uma implosão, a partir da própria banalidade, da automatização dos sentidos. Se, em sua origem, o branco nasce de um choque neutralizador de todas as possíveis cores, agora ele será utilizado como uma forma de refratar o neutro e o indiferente. As grandes cidades tendem a mostrar-se poluídas visualmente, fazendo com que o nosso cérebro torne-se incapaz de captar qualquer imagem que seja. É como se nossos olhos estivessem tão adaptados a tantas informações, oferecidas pelos outdoors, placas e sinalizações, que se torna quase impossível perceber o vazio dentro de tantas ofertas visuais. Proporcionar ao indivíduo uma imagem branca de um espaço, no qual ele está acostumado a circular, será um convite para que ele componha este espaço da forma que lhe cabe. A proposta de utilização do branco não está associada à idéia de limpar a cidade, porém pretende questionar o que torna os espaços que circulamos tão invisíveis. Pintar de branco fachadas, postes, lixeiros e calçadas é uma tentativa de sinalizar o vazio e o imperceptível.

Um comentário:

Genésio disse...

katalina,sua entervenção mostra um novo conceito na estética dos espaços urbanos, dando sentido a pratica socioespacial dá construção dos espaços urbanos.muito bom espero a sua proxima intervenção.